Prefeito de Curitiba, Vereadores, Governador PR, CREA-PR, URBS e TC-PR: Fazer Metrô Elevado Sobre Pneus ao invés do Metrô Subterrâneo 10x mais caro

O mundo é um lugar difícil de se viver, não só por causa daqueles que fazem mal, mas também por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer. (Albert Einstein)

Aqui em Curitiba temos uma excelente rede de transporte Urbano baseada em ônibus Expressos Biarticulados, trafegando em canaletas seletivas, integrados com ônibus alimentadores nos Terminais de Integração. Historicamente, o sistema Bus Rapid Transit - BRT nasceu aqui em Curitiba, na década de 70 e daí se espalhou pelo mundo. Está foi a maior contribuição do Brasil para o sistema de transporte mundial, depois do avião inventado por Santos Dumont. Hoje temos 164 cidades no mundo que adotaram o BRT biarticulado como sistema de transporte.
Há alguns anos a Prefeitura de Curitiba através de seu órgão urbanístico IPPUC resolveu, entusiasticamente, desenvolver um Projeto do Metro de Curitiba que foi reapresentado em fevereiro de 2014, com extensão aproximada de 15,8 km e 13 estações, a um custo de R$ 4,6 Bilhões. A verba vira de: R$ 1,8 bilhões do governo federal (a fundo perdido, isto é bom), mas não tão bons os R$ 700 milhões da Prefeitura e mais R$ 700 milhões do Governo Estadual que terão de emprestar de um algum Banco, e isto acarretará uma amortização anual de cada empréstimo de cerca de R$ 124 milhões para cada governo, ou seja, para o povo Curitibano e Paranaense pagar. (Ver Anexo 1)
O Edital da PPP do Metrô lançado em 15/01/14, propõe ao concessionário vencedor um faturamento garantido de até R$ 12.835.913.699 num prazo de 30 anos de concessão o que representa uma remuneração média de 427 milhões anuais. Mais da metade dessa remuneração terá de ser subsidiada pela Prefeitura, que além disso terá que contrair um empréstimo de R$ 700milhões, cuja amortização anual custará em torno de R$124 milhões (idem para o Governo do PR). Ao todo estimamos que a soma das amortizações mais subsídios anuais, a serem gastos com o futuro Metrô pela Prefeitura e pelo Estado vai chegar em torno de R$ 463 milhões anuais em valor presente, durante 30 anos.
Subsídios anuais (2014) para toda RIT:
-> Governo do Estado do Paraná = 90 milhões.
-> Prefeitura de Curitiba = 30 milhões.
Soma de ambos os subsídios= R$ 120 milhões

Subsídios para o futuro Metrô
Amortização do empréstimo
-> Governo do Estado do Paraná 124 milhões
-> Prefeitura de Curitiba 124 milhões
Prefeitura de Curitiba = Subsídio à tarifa técnica + Contraprestação = R$ 215 milhões
Total só para o futuro Metrô = R$ 463 milhões.

A Prefeitura que hoje chora para pagar R$ 30 milhões para subsídio anual da tarifa técnica de toda RIT obriga se a pagar R$ 339 milhões anualmente para subsídios e contraprestações de uma única linha de BRT que representa 15% da demanda de toda a RIT. Absurdo!
Então o Prefeito e Vereadores precisam pensar muito bem nas consequências.
Depois de assinado o contrato do Metrô não haverá mais retorno, vai gerar um excesso de gastos inúteis para a Prefeitura e um subsídio exagerado ao felizardo grupo vencedor da concorrência. Isto é uma irresponsabilidade fiscal. Todo esse dinheiro que poderia ser aplicado em obras viárias uteis, infraestrutura, educação e saúde terão uma finalidade inútil.

Finalidade: substituir, sucatear (desmantelar) as duas principais linhas de BRT, = Pinheirinho (Sul) - Praça Rui Barbosa (Centro) – Santa Cândida (Norte) que, diga-se de passagem, estão funcionando perfeitamente bem, isso garantimos como usuários frequentes desse sistema. Os ônibus estão partindo na hora de pico a cada 4 minutos, quando o sistema (terminais tubos de 10 portas) permite soltar um ônibus a cada um minuto. Portanto sua capacidade de demanda pode ser triplicada. Com algumas melhorias que propomos, podem chegar a atender uma demanda igual a do metrô. Usando empresas e tecnologia curitibanas sem precisar importar Tatuzão da Alemanha, tecnologia da Auston/Siemens, trens da Coreia.
Estarei enviando um estudo, aos interessados, em que contesto o modo como foi enganado o povo curitibano, ao se prometer que a tarifa técnica do sistema Metrô de Curitiba seria de R$ 2,45, enquanto que a tarifa técnica do sistema RIT de Curitiba que era de R$ 3,13. Então se deu impressão de que a tarifa do Metro iria baixar R$ 0,68.
– Certo! – Não! – Errado! Pois a tarifa do Metro está estipulada no Edital por passageiro viajante e não por passageiro pagante e o numero destes é menos da metade daqueles, portanto a Tarifa Técnica do Metro por passageiro pagante será obrigatoriamente o dobro 2 x 2,45 = R$4,90. E o povo que em ultima análise é quem ira pagar a conta da despesa desnecessária, engoliu a enrolação, e o debate do dia 15 de Janeiro de 2014 foi esvaziado, ninguém se manifestou contra, e foi dado por aprovado por unanimidade o Projeto do Metrô de Curitiba pela população.
Será mais um Viaduto Estaiado (R$ 140 mi), mais um Estádio do Atlético (R$ 330 milhões) , mais um imbróglio semelhante ao Pedágio: Hoje, pagamos R$ 42,00 de Curitiba a Londrina por 390 km de rodagem, enquanto pagamos daqui a São Paulo por mais de 500 km apenas R$ 10,20. Mas no caso do Pedágio existe um beneficio: As estradas pedagiadas funcionam. O Metrô só ira prejudicar o usuário e obrigatoriamente encarecer a tarifa.

Nossa proposta alternativa: Ao invés do Metrô Subterrâneo sobre Trilhos, criar o Metrô Elevado sobre Pneus, aproveitando o sistema BRT existente, mantendo o mesmo traçado, sendo que nos trechos em que hajam cruzamentos hoje congestionados faremos viadutos elevados colocando ônibus bi-articulados, levando o nosso povo por cima, separando busões do trânsito e pedestres. O espaço abaixo dos elevados será usado para estacionamento e serviços, enquanto que as pistas laterais, para o trânsito lento e ciclovias. Na maior parte da extensão da linha, (6,27km), Av.Churchill e República-Argentina, sugerimos alargamento destas como foi feito na Av. Marechal Floriano e Av.Sete Setembro, mantendo pista central com 7,00m e duas pistas laterais com 7,00m, descasamento das estações tubo, permitindo ultrapassagem do expresso parador pelo direto. (Ver Anexo 2)
Isto vai aumentar a velocidade comercial do sistema, permitindo ultrapassagem dos paradores pelos diretos e uma capacidade próxima ao metrô, além de descongestionar o tráfego transversal.
No trecho central da cidade, na Praça Rui Barbosa projetamos um segundo piso elevado com 876m de extensão, 5,00m acima das pistas atuais, para acomodar as 5 Estações Elevadas para as 5 linhas de Expressos. Os ônibus dos bairros continuam por baixo do elevado, duplicando-se a capacidade de embarque da Praça Rui Barbosa.
O sistema construtivo será em blocos de estacas sobre os quais serão montados pilares e vigas formando módulos de concreto pré-moldado com 40 m de extensão sendo finalmente a parte superior concretada “in loco”.
Custo estimado dos Viadutos-Elevados: 5.126(m) X R$ 50.000/m=R$ 256.300.000,00
Estão projetados 08 terminais elevados e 04 estações elevadas dotados de escadas, elevadores e sanitários, a um custo estimado em R$ 30.000.000,00. O custo total das obras e desapropriações necessárias é estimado em menos de R$ 400 milhões, para implantar o Metrô Elevado Sobre Pneus Curitibano, ou seja, menos de 9% do custo Metrô. Como no PAC Mobilidade do Governo Federal, já dispomos a fundo perdido de R$1,80 bilhões do Metrô, sobrando 1,4 bilhões, haverá custo zero para a Prefeitura ou Estado do PR, sobrando ainda muita verba para outras obras uteis e necessárias, que você leitor poderá sugerir.