Diga NÃO a construção de prédios na beira-mar de Torres-RS!!
A revisão do Plano Diretor da cidade de Torres-RS que está sendo levada a cabo agora nos meses de Junho e Julho, debate a liberação da construção de prédios altos (possivelmente mais de dez andares) e/ou edificações de mais de três pavimentos com pouco recuo entre elas na Avenida Beira Mar da cidade gerando paredões de concreto que reduzem drasticamente a circulação de ar na cidade e também produzindo sombra na beira da praia na parte da tarde, além é claro, da poluição ambiental.
Em Florianópolis, Guarda do Embaú, Garopaba e outros paraísos litorâneos foi a participação popular que impediu a poluição de mananciais de água límpida e a construção de mais edificações.
Além dos benefícios de preservar a natureza de Torres-RS para os moradores, é fato que praias que tem a natureza preservada recebem muito mais turismo, nacional e internacional, do que praias que são devastadas.
Precisamos nos unir contra essa alteração no plano diretor!
Prédios próximos da praia, além de fazer com que a praia fique sem sol na parte da tarde, trazem muitos outros MALEFÍCIOS, tais como:
- Perda da ventilação natural (baixa velocidade de evaporação) ocasionando aumento da temperatura em até 4°C – ilhas de calor;
- Os ambientes no entorno dos prédios ficam mais úmidos aumentando a probabilidade de proliferação dos mosquitos, em especial, o Aedes aegypti (transmissor da dengue);
- Projeção de sombras sobre as residências da vizinhança, com perda parcial da insolação natural;
- Projeção de sombras sobre a areia da praia e ambientes associados comprometendo o ecossistema e o uso do ambiente para recreação comércio e turismo;
- Aumento da umidade nas partes internas das residências vizinhas aos prédios gerando ”mofo”, proliferação de fungos e cupim nas madeiras e armários, doenças asmáticas e bronco-pulmonares, etc;
- Maior adensamento urbano, tais como: da população, da quantidade de veículos e da circulação; e, conseqüentemente, maiores conflitos com os pedestres nas áreas de lazer, jardins e calçadas da cidade;
- Aumento da concentração de CO2 - dióxido de carbono, da poeira e do material particulado em suspensão (Gazes do efeito estufa); - Os prédios exigem fundações profundas e provocam interferências na circunvizinhança, com risco de recalques e movimentação do solo causando rachaduras nas casas vizinhas;
- Aumento na concentração de resíduos, exigindo do Poder Público maior eficiência na coleta, transporte, e na disposição final dos resíduos sólidos urbanos (lixo);
- Aumento na carga de esgotos, implicando no redimensionamento dos diâmetros das redes coletoras (Itanhaém tem menos de 70% de esgoto tratado);
- Os trabalhadores de grandes obras tendem a se fixar na cidade; e, na inexistência de alternativas habitacionais, aumentarão o contingente de favelas, ocupações irregulares e invasões de áreas públicas, privadas e de preservação ambiental;
- A cidade verticalizada perde parte do seu horizonte e, consequentemente, diminui a perspectiva de visão da paisagem natural. Não se trata somente da perda da paisagem, mas também da salubridade urbana;
- Em cidades históricas como Itanhaém, devido a pouca distância entre as áreas verticalizadas, a construção de altos edifícios provoca significativos impactos paisagísticos, escondendo as fachadas de antigas igrejas e casarios centenários e ambientes naturais como morros, serras e montanhas;
- Redução no número de pássaros, provocando interferência na cadeia alimentar e nos ecossistemas dos ambientais urbanos (os pássaros são predadores naturais de larvas de mosquitos e insetos, e dispersores de sementes);
- A verticalização exige uma Corporação do Corpo de Bombeiros, especializada no combate a incêndios de altos edifícios, dotada de veículos e equipamentos adequados.
VAMOS SALVAR TORRES-RS!!!!!